A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, reduziu as projeções para o crescimento econômico e a inflação na zona do euro em 2019. Conforme dados divulgados nesta quinta-feira, a estimativa de expansão econômica foi reduzida de 1,9% para 1,3%, enquanto a de inflação passou de 1,8% para 1,4%. Para 2020, a projeção de crescimento foi reduzida de 1,7% para 1,6% e a de inflação, de 1,6% para 1,5%.
Entre os fatores que comprometem a perspectiva estão a desaceleração em curso na Alemanha, maior economia europeia, bem como as incertezas sobre a disputa comercial EUA-China, ainda sem solução, e especialmente sobre o modelo do Brexit, que embute “grande incerteza” para o cenário. A possibilidade de “abrupto” ajuste fiscal restritivo nos EUA, em 2020, é outro fator de risco a ser considerado, aponta a Comissão Europeia.
A projeção de crescimento da economia da Alemanha foi reduzida de 1,8% para 1,1%, em linha com a divulgada recentemente pelo governo do país, em meio à desaceleração do comércio, que afeta as exportações, setor vital para a economia alemã.
Em suas novas projeções, a Comissão Europeia estimou em apenas 0,2% o crescimento para o PIB da Itália em 2019, comparado a 1,2% da projeção anterior, feita em novembro. É a previsão mais pessimista para a economia do país nos últimos cinco anos. A Itália já entrou em uma recessão técnica no fim de 2018, com a economia registrando dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. As previsões sombrias de Bruxelas para a Itália, que fazem parte de uma desaceleração mais ampla para a zona do euro, significarão que Roma provavelmente não atingirá o déficit orçamentário estimado de 2,04% este ano, à medida que o crescimento falha.
