Tuíte pra lá, pra cá, reforma será aprovada', diz Itaú

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O embate político em torno da reforma da Previdência e a desvalorização recente da bolsa brasileira não alteraram o otimismo do chefe de investimentos do private banking do Itaú, Nicholas McCarthy.

"Hoje estamos com uma recomendação otimista para bolsa. Estava otimista no começo do ano, uma semana atrás e hoje, mesmo tendo oscilado 10% para baixo", diz McCarthy. A recomendação vem desde outubro, quando o índice estava em 97 mil pontos. "De lá para cá já bateu 100 mil, já voltou para 91 mil, mas a visão permanece." A avaliação é feita com base em fundamentos, não em posições táticas que consideram a volatilidade diária.

A tranquilidade do estrategista está relacionada ao cenário base da equipe econômica e de investimentos do banco, em que a reforma da Previdência será aprovada este ano. Para o Itaú, havia um otimismo exagerado no mercado sobre a velocidade e a tranquilidade com que ocorreria a votação, desconsiderando a fase inicial de aprendizado do novo governo.

"Os eventos recentes não mudam minha percepção sobre o Brasil. O dia a dia é essa discussão de passou, não passou, tuíte pra cá, tuíte pra lá, mas o foco está no fundamento", diz.

O banco não trabalha com cenário alternativo, em que a reforma não é aprovada. "É claro que isso mudaria o preço dos ativos, com bolsa para baixo e dólar para cima. Mas todo mundo precisa dessa reforma, o Congresso, os Estados, o presidente, o país", diz Luiz Severiano, chefe global do Itaú Private.

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