O Ibovespa tem renovado recorde atrás de recorde, a bolsa da Indonésia sobe 13% em quatro meses, enquanto as ações na Índia e na Turquia flertam com máximas desde outubro do ano passado. Ainda que relacionado a questões particulares, o desempenho desses mercados indica que, após um 2018 de fortes perdas, os ativos emergentes têm um caminho de recuperação à frente, na esteira tanto de preços atrativos quanto de perspectivas melhores em termos locais e globais.
Segundo analistas, a "virada" já estava sendo ensaiada desde o fim do ano passado, mas ganhou corpo quando o Federal Reserve (Fed, BC americano) sinalizou, neste mês de janeiro, explicitamente a possibilidade de não elevar os juros americanos em 2019.
Além da redução das expectativas de aperto monetário nos EUA e das idiossincrasias positivas em países como Brasil, a queda do petróleo frente às máximas do ano passado é vista como um fator benigno a mercados como Turquia, Índia e a Ásia emergente, importadores da commodity.
"Conforme avançamos no ano de 2019, acreditamos que a classe de ações emergentes está mais atrativa do que a dos mercados desenvolvidos", resumem estrategistas do Nomura em nota a clientes.