Carta Mensal Abril 2022

Cartas Mensais

RESUMO ABRIL

Principais indicadores:

Locais: CDI +0,83%, Ibovespa -10,10%, Prefixados (IRF-M) -0,12%, Ativos IPCA (IMA-B) +0,83%, Imobiliários (IFIX) +1,19%, Dólar (Ptax) +3,83%, Multimercados (IHFA) +0,02%

Internacionais: MSCI AC: -8,14%, S&P 500 -8,80%, Euro Stoxx 600 -1,20%, MSCI China -4,08%, MSCI EM -5,75%, Ouro -2,16%, Petróleo +4,40% e Minério de ferro -1,09%

MACRO

No mês de abril, os mercados voltaram a ficar mais tensos e os preços desabaram, com o S&P 500 tendo a maior queda mensal desde março de 2020. Houve uma piora em todos os principais riscos globais mapeados pelo nosso Family Office: Covid na China, Guerra entre Rússia e Ucrânia e alta de juros nos EUA. Sendo assim, os investidores aumentaram as apostas para um cenário de recessão global. No Brasil, dessa vez, o efeito de descorrelação com as principais economias do mundo, não ocorreu. O tema (de recessão global) prevaleceu e pode mudar completamente o rumo dos investimentos se confirmado.Seguem as atualizações dos temas globais considerados como os mais importantes na visão do nosso Family Office:

INTERNACIONAL : Tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia e os cenários para a economia global

  • Atualizações do conflito entre Rússia e Ucrânia :

    O mês foi marcado pelo aumento das tensões entre os dois países e, principalmente, pela piora na dinâmica da Rússia com os países do ocidente. Continuamos observando o aumento das sanções das principais economias europeias e dos EUA frente ao país comandado por Putin e o início das discussões sobre um possível embargo ao petróleo russo.

    Abril começou com alguma possibilidade nos avanços de paz entre os dois países, com a Ucrânia adotando certa neutralidade e a Rússia concentrando os ataques ao lado leste separatista ucraniano. A retirada das tropas russas de Kiev trouxe pouco alívio nas tratativas de paz, uma vez que logo em seguida o país russo foi acusado de cometer genocídio em regiões perto da capital ucraniana. A barbárie encontrada na cidade de Bucha trouxe grande comoção internacional e praticamente pôs fim a qualquer tipo de negociação do conflito. Na mesma semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, acusou Putin de criminoso de guerra, observando-se as principais economias europeias aumentando as sanções impostas. No bloco europeu, por exemplo, foi imposta a proibição da importação de carvão russo, que movimenta aproximadamente US$4 bilhões por ano; ademais, nos EUA foi proibido qualquer investimento na Rússia. No mais, a ONU suspendeu a Rússia do conselho de direitos humanos, com a abstenção do Brasil. Ainda, observamos Finlândia e Suécia acelerando o processo de entrada na OTAN e o bloqueio do acesso a qualquer porto europeu à navios russos.

    Na semana seguinte, Putin declarou que as negociações para um acordo de paz teriam chegado em um beco sem saída. Neste período, observamos aumento da ajuda militar dos membros da OTAN à Ucrânia, com envio de armamentos de alta tecnologia além de pacotes de ajuda financeira. Biden, por exemplo, anunciou auxílio de aproximadamente US$1 bilhão. 

    Nos dias seguintes, ao iniciar uma grande ofensiva para controle do leste ucraniano, na região de Donbass, os discursos sobre a intensificação e expansão do conflito também começaram a reverberar. O exército russo iniciou testes com mísseis de capacidade nuclear e os generais russos enfatizaram o desejo de conquistar o controle sobre o sul do território ucraniano, importante do ponto de vista econômico.

    Por fim, o escalonamento da guerra ficou claro com o discurso do ministro Russo Sergei Lavrov ao avisar sobre um sério risco de guerra nuclear na Ucrânia. O real risco de uma eventual terceira guerra continuou pressionando os países do ocidente a impor novas sanções e liberar mais ajuda. Em resposta, a Rússia anunciou a suspensão do fornecimento de gás a dois países europeus (Polônia e Bulgária). Ainda, houve relatos de expansão do conflito com explosões em cidades na Moldávia.


  • Há realmente um risco de recessão global?: Antes de responder a pergunta principal, vamos tentar avaliar um pouco mais o que ocorreu no mundo em abril, considerando 4 temas principais: (i) China vs Covid: A política econômica restritiva para regiões com alta de casos de covid trouxe revisões severas pelo mercado no que diz respeito ao crescimento da região. A meta de 5,5% de crescimento para o ano parece cada vez mais distante, com muitos especialistas reduzindo o resultado para algo mais próximo de 4,5% em 2022. Os dados de atividade (via PMI) já evidenciam sinais de fraqueza e a solução a ser apresentada deverá ser rápida para colocar a segunda maior potência global nos trilhos. Ainda há espaço para novos estímulos monetários, mas o PBoC segue cauteloso em relação a grandes anúncios. Vimos em 2022 o investidor estrangeiro retirar investimentos da região (conforme o gráfico abaixo), de olho em novas tensões geopolíticas e em como a China será capaz de crescer com esse cenário mais desafiador;
  • (ii) A questão da Guerra entre Rússia e Ucrânia, pontuada acima, trouxe diversas revisões negativas para o crescimento da Zona do Euro em abril. A Alemanha é a principal economia a sentir o peso da guerra. Interessante notar que mesmo com as revisões anunciadas, tivemos alguns dados de atividades ainda robustos, criando uma pressão maior no BCE para subir juros em meio a inflação em níveis recordes para os últimos 25 anos. O euro segue depreciando substancialmente contra o dólar nas últimas semanas, fruto de uma política monetária projetada menos agressiva no curto prazo quando comparado aos EUA. Como um alívio de curto prazo no noticiário, observamos as eleições na França com resultados em linha com o esperado: vitória de Emmanuel Macron contra uma oposição de extrema direita;

    (iii) A economia americana segue apresentando bons dados de atividade, embora o PIB em -1,4% para o primeiro trimestre tenha sido abaixo do esperado (+1%). O USD mais forte prejudica muito as exportações, mas os dados de consumo das famílias segue robusto, o que deve criar um cenário diferente para o crescimento ao longo do ano. As projeções ainda estão ao redor de 3% de alta, mesmo considerando esse trimestre abaixo do esperado.

    A inflação segue forte e percebemos nos membros do FED uma grande dificuldade em transmitir os próximos passos para o mercado. As mudanças semanais nas comunicações chamaram a atenção (entre momentos dovish e hawkish), até o dia em que Jerome Powell, presidente do FED, trouxe um tom de aceleração no curto prazo para consecução mais célere do juro real neutro (algo como 2,5% para os juros americanos). A partir dali, a grande maioria das apostas já concentra uma alta de 0,75% para a reunião de maio, assumindo chances maiores para uma alta da mesma magnitude na próxima reunião. Maio será decisivo para entendermos até onde esse FED pode chegar e o que mais o preocupa no curto prazo: a inflação ou o crescimento econômico;

    (iv) Os resultados das empresas seguem fortes, mas já conseguimos observar diversos setores com dificuldades em segurar as margens dado o aumento nos custos. Tirando a economia americana que está subindo os salários sem o impulso do governo, não são todas as regiões que conseguem criar um ambiente tão atrativo com desemprego muito baixo, ajuste de salários e repasses de preços. Sabemos que é um momento extremamente inflacionário, porém a situação atual não nos parece sustentável. Imaginamos a inflação muito próxima do teto já, embora entendamos a ansiedade do mercado em verificar os dados de inflação recuando já nas próximas semanas.

    Dado o cenário exposto, podemos tentar contar um pouco mais sobre o que pensamos: Os juros sobem no mundo como um todo e o controle da inflação via ajuste monetário precisa acontecer. Só no mês passado tivemos os seguintes países realizando ajustes: Nova Zelândia +50bps (para 1,5% a.a.), Chile +150bps ( para 7% a.a.), Colombia +100bps (para 5% a.a.), Canadá +50bps (para 1% a.a.) e Coreia do Sul +25bps (para 1,5% a.a.).

    O risco de estagflação aumentou muito na Zona do Euro, o crescimento mais fraco da China deve trazer fortes impactos em diversos países e os EUA subindo os juros de maneira mais intensa devem criar um ambiente de dólar mais alto no mundo todo. Fica difícil afirmar ainda que teremos uma recessão global com esses dados de atividade nos EUA, mas olhando pelo resultado das empresas já podemos imaginar que os custos estão “no limite” e que será impossível conseguir repassar preços nessa velocidade. A volatilidade seguirá alta, mas não consideramos ainda um risco tão claro dessa recessão nos EUA. Da nossa parte, seguiremos atentos aos dados e ao cenário de ajuste monetário, confiando na capacidade do BC americano em controlar o cenário mesmo com todos esses desafios citados. Para quem olha o longo prazo, a oportunidade começa a aparecer nos preços.

BRASIL: Não foi dessa vez que escapamos das tensões globais

A bolsa e a moeda brasileira encontraram a primeira grande dificuldade de performar no ano, com o efeito do cenário internacional impactando o fluxo estrangeiro e os preços dos ativos. O cenário ficou ainda mais complexo com os novos anúncios de renúncias fiscais feitas pelo governo e subida do tom novamente entre o executivo e o TSE.

Do ponto de vista econômico, vimos no curto prazo a inflação ficar ainda mais pressionada, o que obrigou o presidente do BC a mudar o plano de voo para altas mais significativas na Selic, devemos ter os juros próximos de 13,5% em breve. Do lado positivo, as revisões do PIB mostram que a economia brasileira poderá crescer próximo de 1%, dos 0,3%-0,4% esperados no Focus antes da greve dos funcionários do BACEN.

À medida que as eleições se aproximam, entendemos que os investidores ficarão mais cautelosos com posições de risco e os discursos dos candidatos devem começar a pesar mais nos preços a partir do meio do ano. O atual presidente Jair Bolsonaro é claramente o favorito para ficar com os votos do ex-juiz Sergio Moro que saiu da disputa, algo que exigirá uma nova estratégia do ex-presidente Lula para conter essa evolução no quadro eleitoral.

CARTEIRAS E POSICIONAMENTO

Para as carteiras locais, optamos novamente por aumentar a alocação em prefixados, incluindo também a posição no perfil mais conservador. Entendemos que a pressão para o BC subir os juros de maneira mais agressiva no curto prazo gerará potencial para compras em bons níveis dessa classe de ativos, com uma possibilidade dos juros retornarem a um dígito ainda em 2023, favorecendo o carrego ou a saída antecipada das posições observado estratégias mais táticas no portfólio.

Sendo assim, estamos:

(i) otimistas com o carrego das posições em CDI de duration até 4 anos, IPCA para uma duration intermediária (entre 4 e 6 anos) e agora com uma maior proporção em ativos prefixados de duration curta (entre 3 e 3,5 anos);

(ii) confiantes com a capacidade dos fundos de retorno absoluto em gerar alfa de maneira descorrelacionada, ou seja, utilizando ferramentas que teríamos dificuldade para acessar diretamente como: commodities, estratégias de arbitragem, quantitativas, juros e moedas internacionais, etc;

(iii) com a posição neutra em Renda Variável local, ou seja, nunca estivemos otimistas com o bom momento da bolsa no curto prazo;

(iv) neutros em posições de bolsas globais, entendendo que teremos uma alta volatilidade no curto prazo, mas confiantes com a classe no médio prazo. Já começamos a olhar com bons olhos um novo aumento na classe dependendo do nível de preços da bolsa americana;

(v) neutros para Fundos Imobiliários, praticamente zerando todo o portfólio de tijolo para ativos de recebíveis diretamente, porém já enxergando um potencial mais tático em alguns fundo de fundos devido ao nível de preços; e

(vi) otimistas com as oportunidades em empresas fora do ambiente de bolsa, via bons gestores da indústria de Private Equity e Venture Capital.

RENDA FIXA : JUROS NOMINAIS E REAIS (PRÉ-FIXADO / INFLAÇÃO)

Ao longo do mês de abril, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou inúmeras vezes a intenção do Copom em seguir com mais uma alta de 100 pontos-base na Selic na próxima reunião de maio. A mudança para um tom mais hawkish, condicionada pela aceleração da inflação global, impactos trazidos pela guerra na Rússia e o lockdown na China, leva os agentes do mercado a acreditar em uma alta adicional de meio por cento, encerrando o ciclo de aperto monetário em 13,25% (algumas casas inclusive trabalham com cenário de 13,75%).  O relatório Focus anda em linha, indicando Selic terminal de 13,25%. A novidade foi a revisão em relação à inflação que já se aproxima de 8% para o fim do ano e deve fugir novamente da meta em 2023 (4,10%). O IPCA-15 acelerou em abril e subiu 1,73%, a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (2,19%) e a maior alta para abril desde 1995 (1,95%). Novamente o impacto maior veio de itens atrelados aos combustíveis, como a gasolina (7,51%) e botijão de gás (8,09%). Apesar do valor expressivo, a leitura veio abaixo da expectativa do mercado, que era de 1,82%, trazendo assim certo otimismo de que a inflação deva finalmente começar a desacelerar.

O mês foi marcado por uma abertura das curvas de juros brasileiras em todos os vértices, alinhando as expectativas após a elevação do nível de incertezas no exterior. Isso se refletiu diretamente nos títulos públicos prefixados e de inflação. O IRF-M apresentou queda de 0,12% e acumula valorização de 1,21% ao longo dos últimos 12 meses. Já o IMA-B teve performance modesta (mesmo com o carrego elevado da inflação) com valorização de 0,83%, acumulando 4,68% nos últimos 12 meses.

CRÉDITO CORPORATIVO

Suportada pelos juros elevados, a classe de crédito privado local continua sendo uma das melhores em termos de carrego no ano e novamente isso se refletiu na performance dos índices em abril. O JGP Idex, representativo das debêntures da indústria, acumula alta de 4,2% no ano, sendo 1,05% em abril (125,7% do CDI), com spread médio dos títulos de 1,70% sobre o CDI.

O volume de emissões no mercado segue elevado. Segundo o Boletim Econômico da CVM, divulgado na última semana, houve alta de 85% nos valores emitidos em debêntures frente a igual período do ano passado. As debêntures somaram R$ 53,6 bilhões em 88 emissões entre janeiro e março, contra R$ 28,8 bilhões em 75 emissões no primeiro trimestre de 2021. Além disso, a captação por parte dos fundos de crédito se concentra majoritariamente nas assets de grandes bancos. Tais fundos costumam concentrar as alocações em ativos high grade (rating acima de AA). O resultado disso é um aumento do diferencial de spreads por rating nos últimos meses e a tendência é que a gestão ativa de fundos high yield se torne mais atrativa daqui para frente.

Mesmo com a última leitura do IPCA-15 abaixo das expectativas do mercado, a inflação implícita se elevou fortemente no último mês. A Estrutura a Termo da Taxa de Juro (ETTJ) estimada pela Anbima aponta para inflação anual média de 6,30% nos próximos 3 anos, mesmo com as projeções do Focus ficando bem abaixo deste patamar. Ou seja, o nível de incerteza segue bem elevado, tornando o cenário nebuloso para ganhos com marcação a mercado nos próximos meses. Portanto, reforçamos que nossa visão construtiva para classe se baseia na condição de manutenção até pelo menos a maior proximidade dos vencimentos dos títulos, tendo em vista que o prêmio dos ativos de juro real está em patamar historicamente atrativo. Os ativos atrelados à inflação sofreram certo impacto da abertura das NTN-Bs de referência no mês, porém o IPCA elevado beneficiou os rendimentos em termos nominais. O IDA-IPCA apresentou alta mais modesta em abril em comparação a março. O acumulado foi de 1,11%, ainda assim acima dos 0,83% do IMA-B.

Para os ativos pós-fixados, houve uma abertura em torno de 30 bps nos futuros do DI refletindo o cenário externo e uma piora marginal do desafio fiscal com a aprovação do aumento da alíquota do IPI, por exemplo. A inflação segue pressionando o Banco Central a prolongar o fim do ciclo de afrouxamento monetário, beneficiando a parcela CDI das carteiras. Em abril, o IDA-DI apresentou alta de 1,02%. Do ponto de vista de alocação, temos priorizado ofertas primárias e alguns fundos de crédito selecionados.

Mantemos nossa visão de que o prêmio elevado na curva proporciona uma oportunidade de entrada tática em papéis prefixados com duration de 3,5 anos, mesmo com revisões altistas para a Selic terminal de 2023. Com a abertura da curva, é possível encontrar emissões bancárias pagando a partir de 14,5% de retorno nominal bruto, patamar que justifica a alocação.

RETORNO ABSOLUTO

O índice IHFA trouxe retorno de 1,37% ao longo do mês de abril, acumula alta de 7,58% ao longo do ano e 8,10% ao longo dos últimos 12 meses. O ano tem sido bastante positivo para a classe de retorno absoluto, com ganhos expressivos principalmente em ativos de renda fixa, tendo em vista o cenário inflacionário e de juros mais altos ao redor do mundo.

No mês passado, os principais destaques da indústria vieram dos fundos macro dinâmicos e macroestruturais. Em nosso radar de cobertura, envolvendo mais de 130 estratégias, as subcategorias trouxeram retornos médios de 1,65% e 1,50%, respectivamente. Também como destaque do mês, os fundos long&short neutro tiveram boa performance e fecharam abril com retornos médios de 1,62%.

Na ponta negativa, os fundos descorrelacionados (arbitragem, quantitativos, sistemáticos e event driven) tiveram na média retorno de -0,20%. Por fim, fundos long&short direcional/total return também fecharam abril com retornos próximos ao zero, em -0,13%.

Ao longo dos últimos 12 e 36 meses, a subcategoria de veículos macroestruturais vem entregando o melhor resultado nominal (+11,11%) e (+27%), respectivamente, na média. Já para janelas de 60 meses, a melhor subcategoria é a de macro dinâmicos, com retorno acumulado médio de 46,72%. Na média da amostra, o melhor sharpe é da indústria de fundos long&short neutro, em 0,38.
*Dados do IHFA até o dia 28/04


RENDA VARIÁVEL LOCAL

Após boa performance do Ibovespa no primeiro trimestre do ano, o mês de abril se mostrou extremamente desafiador e o índice apresentou correção de 10,1% aos 107,9 mil pontos (-13,9% em dólares, considerando a alta da moeda frente ao real), interrompendo o ciclo de alta o qual chegou a alcançar os 121 mil no mês anterior. Dentre os principais fatores detratores, destacamos:

  1. Ritmo de alta dos juros pelo Fed mais alto do que o previsto, de forma a controlar a inflação recorde das últimas décadas e ainda crescente. Declarações dos membros do Fed vêm se intensificando na linha de um maior aperto monetário e maiores taxas de juros tendem a afetar negativamente os ativos de renda variável;
  2. Riscos crescentes de uma recessão econômica, dado que a probabilidade estatística vem aumentando aos longo dos últimos meses;
  3. Política de zero-Covid na China, impactando negativamente a cadeia de suprimentos global e o preço das commodities, tendo um efeito inflacionário;
  4. Deterioração do conflito Rússia x Ucrânia, ainda sem sinais de um fim e impactando preços de commodities e atividade local;
  5. Redução do estímulo dos Bancos Centrais globais, alterando consequentemente uma força no balanço das empresas;

Como consequência, após um primeiro trimestre recorde de entrada de capital estrangeiro na bolsa brasileira – R$ 68,4 bilhões – abril registrou uma saída de R$ 5,9 bilhões, dado o maior nível de aversão ao risco global. Importante ressaltar que o movimento de correção não ocorreu apenas no Brasil, conforme gráfico abaixo; ainda assim, em dólares estamos com uma das melhores performances das bolsas globais.


Com a correção do mês, o Ibovespa negocia hoje a um valuation medido pelo múltiplo P/L (Preço/Lucro) projetado ao final do ano em 7,0x, um desconto de 37% em relação à média histórica. Olhando para o prêmio de risco, medida para comparar os rendimentos dos ativos contra as taxas de juros reais, o nível encontra-se em 8,7% contra uma média histórica de 4,7%, indicando mais um desconto e possibilidade de apreciação da bolsa. Dois pontos que contribuíram para uma nova alta seriam (a) resultados de empresa acima das estimativas atuais e/ou (b) juros reais mais baixos vindos de um controle inflacionário. Quanto aos principais riscos, (a) deterioração do cenário fiscal local e/ou (b) movimento de aversão ao risco global com juros de longo prazo americanos em patamares maiores do que o projetado.

Apesar da boa correção no mês, casas de análise mantiveram o target do Ibovespa ao final do ano em 130 mil pontos, implicando em um upside de cerca de 20% e apesar da alta das taxas de juros reais impactando o custo de capital das empresas e a taxa de desconto do fluxo de caixa das empresas na perpetuidade, revisões de lucros das empresas para cima compensam o movimento. Seguimos positivo no cenário local via stock picking, no qual entendemos que existem as maiores assimetrias e possibilidades para superar não só o Ibovespa, como também o custo de capital.

A carteira MMZR de ações teve uma performance de -11,9% em abril, contra -10,1% do Ibovespa no mesmo período. Maiores detratores foram Natura (-28,2%) e Rede D’Or (-26,2%), sendo a primeira penalizada por prévias operacionais do 1T22 abaixo das estimativas dos analistas (queda de resultado da Avon puxado principalmente pelo conflito Rússia x Ucrânia, dado que ambos os países representam 20% das vendas da marca), enquanto a segunda ainda sofre quanto às incertezas das sinergias possíveis da aquisição da Sulamerica, além de um possível piso de enfermeiros em análise de aprovação pelo congresso. Do lado positivo, destaques para 3R (+10,5%) e Iguatemi (+2,6%), tendo a primeira se beneficiado pela commodity energética petróleo ainda bem elevada dada a escassez de oferta + produções mensais acima do projetado, enquanto Iguatemi vem reportando número de vendas e alugueis das lojas a níveis superiores ao pré pandemia, sustentando o movimento de alta do varejo voltado a alta renda (menor sensibilidade de preço). Esse último inclusive incluímos na carteira na última semana do mês trocando por Multiplan, mantendo a tese intacta de shoppings high end, mas aproveitando que Iguatemi negociava a múltiplos descontados (14x P/FFO x 17x da Múltiplan, gap que se abriu ao longo ano e tende a fechar).

FIIS

O IFIX (Índice de Fundos Imobiliários) reportou em abril uma alta de 1,19%, estendendo ganhos após alta de 1,42% em março. Destaque para a boa performance dos fundos de tijolo, que subiram 1,85% no mês medidos pelo índice da XP XPFP, enquanto os fundos de dívida caíram 1,21%. Apesar da performance positiva dos fundos de tijolo, o aumento da taxa de juros Selic atingindo o patamar de 11,75% a.a. tende a permanecer pressionando suas cotas no mercado secundário, que hoje representam aproximadamente 57% da composição do IFIX e vêm como os grandes detratores do ano. Por outro lado, os fundos de dívida vêm surfando bem o cenário, considerando a indexação do portfólio ao CDI ou IPCA, ambos em dois dígitos hoje. Fundos com essa característica estão no campo positivo no ano em sua grande maioria, entregando rendimentos mensais acima de 1% ao mês, líquidos de imposto de renda.

Partindo desse pressuposto seguimos concentrando a estratégia em fundos de dívida, de forma a surfar o ambiente inflacionário e de juros altos de forma defensiva – especialmente fundos com carteira atrelada ao CDI nesse curto prazo, indicador que vem entregando um carrego de curto prazo melhor se comparado ao IPCA. O mercado enxerga uma inflação calculada pelo índice IPCA em patamares de alta até meados de maio, enquanto o ciclo da Selic em dois dígitos deve perdurar ao menos nos próximos 18 meses.

Fundos de tijolo hoje negociam com forte desconto frente ao valor patrimonial e alguns até abaixo do custo de reposição, sendo aqui uma boa oportunidade de ganho de capital a longo prazo. Taticamente, porém, estamos concentrando novas alocações em fundo de dívida, pois entendemos que um acirramento do cenário inflacionário pode impactar ainda mais negativamente tais fundos – enxergamos que teremos um momento mais claro e seguro de entrada na categoria, visando ganho de capital. Por ora, fundos de dívida vem remunerando, na média, em cerca de 13% ao ano líquido de imposto de renda para pessoa física, com rendimentos mensais.

RENDA VARIÁVEL GLOBAL

Os índices globais apresentaram fortes correções em abril, influenciado por dados ainda expressivos de inflação ao consumidor e ao produtor nos mercados desenvolvidos e sinalizações ainda restritivas do banco central americano. Além do efeito da alta dos juros (juros reais do tesouro americano de 10 anos iniciaram o mês em -0,56% e encerraram em -0,06%), seguimos em um ambiente político conturbado, com conflitos ainda ocorrendo no leste europeu e lockdowns na China surtindo efeito nas cadeias de suprimento globais. Nos Estados Unidos, estamos em meio a mais uma temporada de resultados (que na maioria estão surpreendendo o mercado positivamente), com investidores monitorando piora nas perspectivas microeconômicas e punindo fortemente as empresas que não atingem as expectativas financeiras e operacionais. Como resultado dos fatores acima, o S&P 500 apresentou queda de 8,8% (maior queda mensal desde o início da pandemia), acumulando queda de 13,3% no ano. Em abril, destaque positivo para as ações das empresas do setor de consumo não discricionário (subiram 5,2% no agregado em abril) e negativo para ações de serviços de comunicação (queda de 12,6% em abril). Chamou atenção também a contração do índice Nasdaq, registrando a maior queda mensal desde 2008, de 13,3% (acumulando queda de 21,2% em 2022). Já o Dow Jones, índice com mais peso em empresas Value, caiu 4,9% no mês e acumula queda de 8,9% no ano. 

Apesar de uma maior incerteza nas perspectivas macroeconômicas na Europa e menor previsibilidade de retorno, especialmente após o escalonamento da crise geopolítica, os índices na região tiveram uma melhor performance quando comparados aos Estados Unidos. Com juros baixos, o prêmio de risco dos índices se encontram em patamares atrativos e os índices contam com uma composição relevante em empresas da “velha economia”, como bancos, estatais e commodities. O Euro Stoxx 50 apresentou queda de 2,6% em abril e acumula queda de 11,7% no ano. Olhando individualmente para as principais bolsas, destaque positivo para o resultado da Bolsa de Londres, que apresentou leve alta de 0,4% em abril e acumula 2,2% positivo no ano. Em Frankfurt, o Dax apresentou queda de 2,2% em abril e em Paris o CAC caiu 1,9% no mês. Na Ásia, os índices enfrentaram mais um mês turbulento, influenciado por uma deterioração nas perspectivas econômicas e lockdowns severos para contenção do Covid-19 na China, com impacto direto nos preços das commodities e cadeias de suprimento globais. O índice japonês acumulou queda de 3,6% no mês, acumulando queda de 3,4% no ano. Na China, os drawdowns foram ainda mais bruscos, com CSI caindo 4,9%, HK caindo 4,1% e SSEC -6,3%. 

Até o final de abril, 55% das empresas do S&P 500 haviam divulgado seus resultados, com 80% superando a expectativa de lucro e 72% surpreendendo o consenso em receita. O crescimento composto anual (empresas que já reportaram somado às expectativas de crescimento das empresas que restam divulgar) no final do mês em termos de lucro era de 7,1%, um avanço em relação às expectativas no final de março (4,7%). Em linhas gerais, tem sido mais uma temporada forte de resultados, no entanto temos observado pouca margem de tolerância por parte dos mercados com empresas que divulgam números aquém do esperado, como no caso da Netflix e Amazon. As ações da Netflix caíram 35,1% no dia (queda de 68,4% no ano) após a empresa divulgar pela primeira vez em 10 anos uma queda no número de assinantes no trimestre. Apesar da perda de assinantes ter pouca representatividade na base total da empresa (200 mil em comparação com uma base de 221 milhões) e o valor negativo ser diretamente proporcional à paralisação das operações na Rússia (700 mil assinantes), a empresa projetou uma queda de 2 milhões de assinantes no trimestre atual, influenciado por um mercado de streaming competitivo e uma fração relevante de usuários utilizando o serviço via compartilhamento de senhas. No último dia do mês as ações da Amazon apresentaram queda de 14,0%, influenciado pela divulgação dos resultados no dia anterior. Apesar da receita em linha com esperado (USD 116,4 bilhões), a empresa relatou um prejuízo por ação de USD 7,56, impulsionado diretamente por uma remarcação de USD 7,6 bilhões devido ao declínio das ações (-51,6% no trimestre) da investida Rivian, empresa de veículos elétricos. A Amazon relatou uma rentabilidade abaixo das expectativas, com impacto direto de aumento de custos em diversas frentes, além de um guidance de crescimento abaixo das estimativas (crescimento anual entre 3% e 7% no segundo trimestre de 2022. Do lado positivo, destaque para para o segmento de computação em nuvem da empresa (AWS) que apresentou receita de USD 18,4 bilhões (+36,6% ano contra ano) e lucro operacional de USD 6,5 bilhões (+ 56,6% ano contra ano e representando 178% do lucro operacional consolidado da empresa).

A carteira de ações globais da MMZR apresentou queda de 11,4% em abril contra uma queda de 8,1% do MSCI AC, o índice de referência. Todos os papéis da carteira encerraram o mês no campo negativo, exceto Johnson & Johnson (+1,8%), dado as características mais defensivas da empresa. Destaque negativo para as ações da Amazon (-23,8%), Disney (-18,6%) e Google (-17,9%). Na última semana do mês tivemos a divulgação de duas das principais empresas do segmento de publicidade digital global: Meta (FB) e Alphabet (GOOGL). As ações do Facebook saltaram 17,6% no dia subsequente à divulgação dos números, que serviram como um alívio aos investidores após a empresa divulgar uma adição de 31 milhões de usuários ativos por dia na plataforma, alcançando 1,96 bilhões (expectativa de 1,95 bilhões). Indo além, a empresa diminuiu as projeções de despesas anuais para entre USD 87 bilhões e USD 92 bilhões, abaixo do intervalo projetado anteriormente (USD 90 bilhões a USD 95 bilhões). Por fim, a Alphabet divulgou resultados levemente abaixo das expectativas, principalmente por um crescimento anual abaixo do esperado nas receitas do Youtube (14,3% vs 25,2% esperado). No braço de computação em nuvem a empresa apresentou faturamento de USD 5,82 bilhões, 1% acima do esperado, porém o segmento ainda não é rentável, reportando um prejuízo operacional de USD 931 milhões no primeiro trimestre de 2022 (USD 974 milhões no ano anterior).

CRÉDITO OFFSHORE

Por mais um mês os ativos de crédito offshore foram fortemente impactados pela conjuntura desfavorável das principais economias do mundo. A percepção do mercado acerca da inflação americana piorou drasticamente após discursos dos membros do Federal Reserve cada vez mais inclinados a intensificar o ciclo de aperto monetário. Isso se refletiu na abertura dos treasuries, que inclinou levemente. O rendimento do vértice de 2 anos escalou de 2,28% para 2,70%, enquanto o da T-Note de 10 anos subiu de 2,32% para 2,89%. O resultado disso foi uma remarcação drástica na maioria das classes de bonds globais, assim como visto em março. Diante desse cenário desafiador, reforçamos a importância de encurtar a duration dos bonds e buscar ativos indexados para proteger o portfólio. Os principais fundos de crédito global sofreram performances negativas sem precedentes nos últimos dois meses. Agora apostam em setores que se beneficiam de inflação elevada por longos períodos e que ainda possam tirar proveito da reabertura, como Companhias Aéreas, hospitality e commodities (destacando alguns bonds brasileiros).

Novamente observamos os ativos com maior risco de crédito (high yield) apresentando maior resiliência em relação aos high grades. O US Corporate High Yield Index apresenta queda de 3,56% no mês e 8,22% no ano. Já o índice representativo dos bonds high grade (Barclays Global Aggregate) caiu 5,48% no mês e 11,30% no ano. A classe de Senior Loans tem se mostrado boa opção para proteção dos portfólios, com o S&P U.S. Leveraged Loan 100 Index apresentando queda de apenas 0,12% no mês e 0,30% no ano. Já o setor imobiliário representado pelo Dow Jones U.S. Real Estate Index entregou os ganhos do mês anterior caindo 4,08%.

Os índices de mercados emergentes têm sido fortemente impactados pela intensificação do conflito na Ucrânia, assim como a desaceleração da atividade econômica na China em função dos lockdowns. O ETF de bonds emergentes, JPM Emerging Markets Bond (EMB) recuou 6,19% no mês e no ano já acumula queda de 14,65%. A Ásia também está sendo bastante impactada: o JPM Asia Credit Bond cedeu 2,93% no mês e cai 9,49% no ano.

ALTERNATIVOS

Dando sequência ao education em Alternativos, na presente carta iremos comentar mais a fundo sobre o mercado de Venture Capital e suas especificidades. Primeiramente, vale ressaltar que o Venture Capital é uma classe de investimentos voltada para investir em empresas com modelos de negócio disruptivos, escaláveis e com tecnologia embarcada em alguma etapa do processo. Observando a definição do que é uma startup, destacamos que esse investimento pode ocorrer em diferentes fases dessas companhias, sendo em cada uma delas com um foco/ objetivo diferente. A seguir, vamos explorar os objetivos de cada rodada de captação de uma startup e seus riscos atrelados, sendo elas:

  1. F&F (Family and Friends), Investimento Anjo e/ou Pre-seed: nessa fase, geralmente, os empreendedores têm uma ideia, porém precisam levantar capital para de fato elaborarem um MVP (Minimum Viable Product). Essa é a etapa mais arriscada de investimento em startups, já que diversos produtos nem conseguirão sair do papel, porém o potencial de retorno para os modelos que tiverem êxito é bem alto. Para mitigar os riscos dessa etapa, geralmente os fundos possuem portfólios com 50 investidas ou mais, já que diversas ideais não sairão do papel, além de estarmos observando cada vez mais fundos de early stage se posicionando nessa etapa da curva para evitar pagar múltiplos altos para os produtos/ modelos validados.
  2. Seed: nessa etapa, com o risco do produto já mitigado, o grande foco dessa rodada é dar tração ao produto e testar modelo de negócios, conhecido como Product Market Fit (PMT). Nessa etapa já encontramos fundos maiores, com tese e processo de investimento mais robustos e com equipes mais qualificadas. Há uma predominância de gestoras locais ainda nessa etapa, já que os cheques da rodada costumam variar entre R$8-20m. Quanto às startups, nessa etapa é comum observarmos times enxutos ainda, com cerca de 10 colaboradores e faturamento mensal entre R$100 mil até R$1 milhão.
  3. Series A: com os riscos de produto + product market fit já reduzidos, o foco dessa rodada de captação é acelerar a máquina de vendas e recursos para montar equipe. A partir dessa fase já começamos a nos deparar com fundos internacionais na disputa com diversos fundos locais, em rodadas que costumam ficar entre R$30-60 mn. Quanto ao tamanho das investidas, é usual que já tenham receitas mensais entre R$1-5 m, equipe de dezenas de colaboradores, além da presença de outros fundos em seu cap table.
  4. Series B e Series B+: Com a maioria dos riscos anteriores já distantes, o series B em diante marca a expansão geográfica, acelerar vendas e acoplar novos modelos de negócio à companhia. Os tamanhos de cheque nessa etapa variam desde R$60m até R$500m. A receita das companhias já supera os R$10M mensais, equipe com centenas de colaboradores e estrutura de governança começando a se estabelecer.

Relacionando esses conceitos com nossa alocação na parcela de Venture Capital no nosso fundo de fundos de Alternativos, a alocação será dividida em cinco gestoras diferentes, cada qual será responsável por cobrir uma dessas etapas, já que em nossa visão cada uma exige conhecimentos, tamanho de equipe e abordagens distintas. Ademais, vale ressaltar que enxergamos um certo conflito em casas que se propõe a investir em diversos estágios diferentes.

Por fim, a faixa de pre-seed e seed terá uma gestora, com alocação entre 5-7,5% do PL total, já que, conforme mencionado, se trata de uma classe com maior risco atrelado, mas com enorme potencial de retorno. Na faixa de series A e B, que corresponderá por 25% do PL do fundo, contaremos com três gestores, porém sem overlap de estratégias. Acreditamos que essa é uma etapa do mundo de venture capital que oferece riscos bem mais reduzidos, porém com potencial de valorização muito significante, além de ser pouco impactado pela correção de valuation que estamos observando no mercado de tech. Por fim, teremos apenas um veículo que investirá em Series B+, com cerca de 10% do PL total do fundo, totalizando os 40% de alocação do nosso fundo de fundos em venture capital. Esse último veículo tem como objetivo alocar, em sua maioria, nas startups que deram certo do respectivo fundo de Series A e B da gestora, assim fornecendo mais capital para que essas companhias sigam privadas antes de se listarem em um mercado atual de redução de liquidez.


RESULTADO CARTEIRAS - ABRIL 2022


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