Webinar – WA Macro Opportunities

Gestoras

Live realizada com Joeseph Filicetti da Western Asset para discussão sobre o cenário global e a performance do fundo Macro Opportunities

Introdução

A Western Asset é uma gestora de investimentos globalmente integrada fundada em 1971, com escritório em 9 cidades ao redor do mundo e mais de 850 colaboradores no total. Atualmente possui cerca de US$ 430 bilhões sob gestão.

A filosofia de investimento da casa se baseia em uma visão fundamentalista e de longo prazo, procurando estratégias diversificadas e ativos sub-precificados. No Brasil, em termos de volume por estratégias, a casa tem 68,5% em Renda Fixa, 21,5% Balanceado, 6,7% Multimercado, 5,9% Renda Variável e 0,1% em Moedas.

Sobre o Fundo: WA Macro Opportunities

O fundo Western Asset Macro Opportunities é uma estratégia macro global que busca geração de valor no longo prazo e possui gestão ativa de volatilidade, curva de juros e duration. O produto foi criado em 2012 e atualmente possui US$ 12,3 bilhões de AUM (Assets Under Management).

A estratégia do fundo recuperou muito fortemente, principalmente nos meses de junho e julho, recuperando o desempenho de março e fevereiro e trazendo a performance do fundo para o campo positivo, tendo rentabilidade de 0,74% no ano, bem acima do CDI ao longo dos últimos 12 meses.

No início da pandemia, entre fevereiro e março, a equipe de gestores fez uso do amplo orçamento de risco, para gerar diversificação e realizar mudanças no portfólio, buscando evitar grandes perdas para a carteira durante a crise.

Em março, as maiores perdas vieram do EMFX (Emerging Markets Foreign Exchange). Essa posição teve grande diminuição na carteira, indo de 30% para 13%, como uma forma de reduzir a volatilidade do fundo. A posição em crédito em grau de investimento (Investment Grade Credit) teve boa performance durante toda a crise, algo que impulsionou fortemente o bom resultado do fundo nos últimos meses, uma vez que essa posição foi aumentada, permanecendo entorno de 50% até junho. Outra grande posição no portfólio é a de Emerging Markets Debt, que não sofreu grandes alterações durante a crise, se mantendo em 40%.

Outra mudança feita na carteira foi em relação à duration. No início da crise, os gestores não elevaram a duration, permanecendo com a tese de que os ativos de risco iriam ter bom desempenho e que uma longa duration correria o risco de perder dinheiro. No entanto, entre maio e junho, a meta de inflação e o nível desejado de desemprego estavam longe do ideal, o que motivaria uma atuação do FED para continuar com os estímulos. Ainda, a curva de juros passou a ficar mais inclinada, algo indesejável e que certamente o FED iria fazer algo para tentar reduzir a inclinação. Com essas perspectivas em mente, os gestores adicionaram 7 anos de duration ao portfólio. Essa gestão ativa de duration adicionou 200 b.p. entre junho e julho para a performance do fundo.

Em junho, novas mudanças foram realizadas. Os spreads do Crédito em Grau de Investimento foram comprimidos e os spreads do High Yield aumentaram, fazendo com que os gestores diminuíssem a posição em Grau de Investimento, vendendo 20% e elevando High Yield em 4%.

As perspectivas futuras são de manutenção em Emerging Market Debt, principalmente em países que poder ter mais cortes de juros, como México e Indonésia, continuar com a troca estratégica entre Crédito em Grau de Investimento e High Yield, permanecer com pouca posição em EMFX e realizar a gestão ativa de duration de forma tática.

Time de Análise MZR

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