Webinar realizado pela XP Investimentos com o time de gestão da Riza Asset, para entender mais sobre a casa e oportunidades de Crédito Estruturado em setores
Introdução
A Riza Asset foi criada em 2020 com o objetivo de desenvolver estratégias de gestão pouco correlacionadas com a indústria tradicional de fundos, focando em segmentos que trazem diversificação.
Os fundadores são Marco Gonçalves, que também fundou a Riza Capital, uma butique de M&A, e Daniel Lemos. Lemos teve passagem de sete anos pelo BTG, onde trabalhou em três diferentes áreas, sendo elas: Renda fixa, estruturação e mesa proprietária. Após a venda para o USB, Lemos teve passagens pela Mauá e pela XP Investimentos, onde ficou responsável por toda a parte de distribuição de produtos da empresa (fundos, mercado de capitais e operações/ tecnologia). Atualmente, além de Lemos com CEO, a casa conta com aproximadamente 18 pessoas entre os times de alocação, compliance, risco e backoffice.
Atualmente a asset conta com dois fundos, os quais estão na plataforma da XP: Riza Daikon,que busca um portfólio diversificado em crédito High Grade, High Yield e Estruturados, e Riza Meyeni, que visa retornos absolutos através de investimento em crédito estruturado em cinco núcleos de gestão, Renda Fixa High Yield, Direct Lending, Securitização e Carteiras, Agronegócio e Venture Deb.
Comentários
Daniel Lemos introduziu a asset comentando sobre a estratégia de investimento da casa, que leva em conta operações de crédito que fogem do óbvio, com o intuito de fornecer alavancagem e retorno extraordinário para os investidores.
De acordo com Lemos os principais diferencias da companhia são: capacidade de originação,contatos de longo prazo no mercado e o fato de ser uma asset 100% focada em gestão. Atualmente, as únicas fontes de receita da empresa se dão em cima da taxa de administração e da taxa de performance dos fundos. Em cima disto, dizem ser fundamental ter profissionais especialistas em cada área de atuação.
Acreditam também ser de extrema importância o apoio de tecnologia na tomada de decisão. Por isso, além de 4 matemáticos que contrataram do IMPA, aderiram sistemas de informação, como o da Sales Force, e pretendem encerrar uso de Excel, e-mail e PDF em um futuro breve.
Sobre as estratégias de compra, a asset dificilmente olha para créditos de empresas sem histórico, além de sempre iniciarem o processo de escolha de ativos por uma análise top down. Em um segundo momento, fazem uma avaliação interna com análises de ratings próprios até finalmente a aprovação do Compliance/duedilligence.
A atual gestão foca também em timing de entradas/saídas dos papéis para evitar tendências e acreditam que cenário de crédito atual está cada vez mais parecido com equities.
Sobre os fundos
O Riza Daikon é um fundo D+60, iniciado em fevereiro de 2020. O produto é capaz de navegar entre nichos de crédito de acordo com a melhor relação risco-retorno. Desde o início, o fundo está overweight em high grade, devido às taxas mais aberta e menor risco. Na medida em que o mercado volte a fechar as taxas, o objetivo será investir mais em estruturadas.
Para Lemos, a boa performance do fundo até o momento se deveu à algumas alocações que foram feitas no início do ano, já prevendo as consequências da crise atual. Algumas dessas alocações foram a redução dos papéis de CDI, uma vez que tais papéis iriam sofrer com a visão da Selic para baixo, a manutenção de uma duration mais curta, evitando grande exposição à risco de mercado, e a alocação em setores menos cíclicos, os quais sofreram menos,preponderantemente no setor de utilities. O fundo se caracterizou como mais conservador durante a crise, mantendo alto percentual de caixa e fazendo hedge, os quais foram reduzidos a partir de abril, conforme a melhora do mercado. Desde o início o fundo teve 6% de rentabilidade.
O outro produto da casa é o Riza Meyeni, um fundo D+180, sendo provável que a asset lance um novo feeder com liquidez em 360 dias. Iniciado em meados de março de 2020, tem meta de retorno de CDI + 5% a.a., após taxa de administração e performance, e acredita-se que há um capacity de R$10 bilhões. A criação do portfólio passa por um processo de seleção setorial, na qual os gestores buscam relacionamento com diversas empresas, customizando suas dívidas e operações. É feito um planejamento de longo prazo, buscando a personalização dos clientes e tendo em vista a meta de retorno para o fundo. Atualmente, o fundo está bem alocado, com baixo percentual de caixa e mais de 90 operações. Desde o início o fundo teve 3% de rentabilidade.
Em breve devem ter novas oportunidades abertas para captação, como fundos de créditos e fundos imobiliários.
Time de Análise MZR