Reunião realizada na MZR Investimentos em 21/05 com Fabio Melo (Relacionamento com Investidores)
INTRODUÇÃO
A Vintage Investimentos é uma gestora independente fundada em 2014 com estratégia Macro Global e foco em ativos ligados ao Brasil. A casa abriu com R$ 500 milhões sob gestão e no fechamento de Abril/2019 possuía R$4,2 bilhões de AUM.
A gestora foi fundada por Ricardo de Paulo, Guilherme Amaral e Rodrigo Carvalho, que possuem mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro. A equipe é formada por 20 pessoas, com experiência nos mercados brasileiro e internacional, sendo 5 delas sócias da companhia. Além dos sócios fundadores, os outros dois sócios são: Marcelo Sá Earp, responsável pelas áreas de RI e Administrativo, e Bernard Tamler, economista e responsável pela análise macro.
A asset tem hoje três produtos: o flagship Vintage Macro, a versão alavancada do Vintage Macro (Plus) e um fundo voltado para previdência. A gestão do fundo é feita a partir de três carteiras, geridas de forma individual pelos sócios-fundadores, consolidadas sob uma única estratégia. A alocação de risco de cada um é distribuída em diversas classes de ativos e varia muito em função da experiência de cada gestor.
De todo ativo que a casa faz a gestão cerca de R$ 3,4 bi estão no Vintage Macro. Com uma volatilidade histórica na casa de 5%aa, o fundo tem uma rentabilidade absoluta acumulada de 74,21% até o dia 23/05/2019 (ou 120,17%CDI, que no período acumulou 61,75% de retorno).
COMENTÁRIOS
Os três principais sócios tiveram passagem pelo banco Garantia e com ampla experiência em gestão de ativos. Existe um grande desafio nestes casos (profissionais com background em mesas proprietárias – tesouraria de bancos) que é fazer gestão/criar um produto que seja mais adequado para clientes institucionais, family offices e clientes do varejo. Ricardo e Guilherme tiveram passagem pela Fit Participações, enquanto Rodrigo teve passagem pelas gestoras Mauá Capital e Polo Capital.
Inicialmente cada gestor tinha 25% do risco, o que somava 75% do risco total, mais uma parcela para as teses convergentes entre os três (co-gestão). Como essa alocação é dinâmica, ou seja, pode ser alterada no decorrer do tempo, atualmente o risco alocado para a co-gestão está zerada. Os gestores acreditam que este é o melhor modelo e que os três estilos geram a diversificação necessária para o fundo. Além disso, possuem controles de risco de forma que quando cada gestor apresenta 5% de drawdown no seu book ocorre uma reavaliação e quando a queda atinge 7,5% sua alocação de risco precisa ser reduzida pela metade.
Como projeto de evolução do processo de investimento da gestora, 3 profissionais do time de análise respondem cada por uma carteira de ativos (cerca de R$ 70 milhões) que funciona como uma incubadora de teses de investimentos em seus respectivos mercados de atuação. Se as teses se mostrarem consistentes e escaláveis, podem vir a ser replicadas nas carteiras dos sócios (maior parcela de risco do fundo).
A gestora está com uma visão cautelosamente otimista com Brasil dado que é um governo novo, com grandes desafios (reformas), sem muita experiência e o news flow (Twitter) tem causado muita volatilidade.
POSIÇÃO ATUAL DA CARTEIRA (05/2019)
Risco atual: 80% local / 20% offshore
Na parcela local:
- Comprado em Brasil (net long bolsa) + Hedge: comprado em inflação implícita
- Aplicados em juros nominal (curto), apesar de acreditarem que a inflação pode surpreender para cima e não trabalham com o cenário-base de corte de juros pelo BCB
- Viés de compra de BRL x USD devido ao potencial de ganho, uma vez superadas as incertezas políticas e pelos bons fundamentos
Na parcela offshore
- Vendidos em S&P 500
- Aplicado em juros reais no Reino Unido
- Comprados em bonds de empresas brasileiras
Time de Análise - MZR