Podcast referente ao mês de junho de 2020 com a equipe da Vinci Partners responsável pelos Fundos Imobiliários da casa.
Introdução
A Vinci Partners foi fundada em outubro de 2009 por um grupo de gestores com ampla experiência no mercado financeiro. A asset conta hoje com cerca de 200 profissionais, dos quais 32 são sócios da empresa. Também contam com 6 analistas de equities e 4 analistas macro.
A Vinci tem sob sua gestão 235 fundos/veículos, nas classes de Crédito, Ações, Previdência e Multimercados, Real State, Infraestrutura e Private Equity. A soma desses portfólios resulta em um AUM (Assets Under Management) de aproximadamente R$ 37 Bilhões, o que a coloca entre as maiores gestoras independentes do país.
O intuito do podcast foi discorrer sobre os resultados dos Fundos Imobiliários da Vinci em junho de 2020. No acumulado, os FIIs da gestora apresentam R$ 3,2 bilhões de investimento e mais de 175 mil investidores.
Vinci Shoppings Center (VISC11)
Em junho ocorreu a reabertura de mais quatro shoppings do portfólio VISC11, resultando em 9 shoppings em funcionamento, que representam 61% da receita, do total de 13 shoppings do fundo.
Nesse mês, assim como em todo o período durante a pandemia, o foco das administradoras dos shoppings estava no recebimento dos boletos de condomínio, sendo importante lembrar que foram concedidos descontos relevantes nos alugueis em razão do funcionamento parcial dos estabelecimentos. Essa política visava gerar a manutenção dos logistas e teve sucesso, resultando em uma taxa de ocupação média do portfólio resiliente durante o período de crise.
No mês de junho, as cotas de mercado tiveram rentabilidade de 4% devido às melhores perspectivas de retomada das operações de shoppings no país. A posição de caixa foi extremamente favorável, com R$367 milhões de investimentos líquidos, que incluem uma alocação tática de R$64 milhões em cotas de fundos imobiliários.
Vinci Logística (VILG11)
O mês de junho foi mais um mês de resultados positivos no portfólio do VILG11, sendo também o mês em que ocorreu a quinta emissão de cotas do fundo.
O fundo apresentou 53% da receita imobiliária exposta a locais que praticam e-commerce e 46% da carteira está alocada em contratos atípicos que garantem maior proteção, assim, a receita do fundo continuou estável e a taxa de ocupação continuou 100%.
As cotas de mercado tiveram rentabilidade de 10,5% em junho e situação de liquidez do fundo era favorável, com R$124 milhões em aplicações financeira e R$80 milhões em obrigações a prazo.
Vinci Offices (VINO11)
O mês de junho foi marcado pelo encerramento das negociações com os inquilinos do fundo que ainda estavam em andamento. Com a WeWork e a Renner os acordos foram amigáveis e ambos quitaram os valores devidos. Assim, a inadimplência teve recuperação de 21,8%e o recebimento total foi de 120% da receita contratual esperada para o mês. A rentabilidade do fundo em junho foi de 15,2%.
O fundo encerrou o semestre sem inadimplência, com vacância financeira de menos de 3% e um resultado acumulado não distribuído de R$1,03 por cota, valor superior ao que o fundo detinha no início do ano, provando que o fundo pode gerar resultados diferenciados mesmo em períodos como o atual.
Vinci Instrumentos Financeiros (VIFI11)
Em junho se deu o início das negociações do VIFI11 na B3 e a alocação dos recursos captados no IPO. O fundo arrecadou R$129 milhões com o IPO e até o final do mês já havia alocado R$80 milhões.
A rentabilidade do fundo foi de 2,2% em junho, sendo que a rentabilidade desde o início em setembro de 2019 foi de 5,8%.
Ao final do mês, o portfólio apresentava boa diversificação em segmentos, sendo a maior exposição em escritórios (35%), seguido por recebíveis imobiliários (27%), shoppings (19%) e logística (17%).
Sobre as estratégias de investimento, 59% da carteira se encontra na estratégia de renda e 41% na estratégia de valor.
Time de Análise MZR