Reunião presencial com a Equitas em 12/09/2019

Gestoras

Reunião presencial com Lorena Mancini (Comercial) e Bruno Donadio(Sócio Analista) da Equitas

INTRODUÇÃO

A Equitas foi fundada em 2003, inicialmente como uma boutique de M&A focada no middle market. Com as mudanças no segmento de atuação, iniciou-se a gestão de fundos de investimentos em 2006 com estratégias long-short e em 2010 lançou o Equitas Selection FIA. A gestora possui aproximadamente R$ 1.800 milhões em ativos sob gestão e atualmente, foca somente em uma estratégia de renda variável.

O sócio fundador Luis Felipe Amaral tem mais de 20 anos de experiência e o restante dos sócios trabalham juntos a 11 anos. Luis Felipe iniciou a carreira na empresa de consultoria Accenture e passou pelos bancos Credit Agricole Indosuez e Lehman Brothers antes de fundar a Equitas. Luis fez o seu MBA na Booth School of Business da Universidade de Chicago.

Quanto a estrutura organizacional, a casa funciona com uma estrutura de partnership e conta com 5 sócios além do fundador.

COMENTÁRIOS

Hoje a casa faz a gestão através de uma estratégia long only, no entanto, ela já teve estratégia long short. A utilização destas estratégias é bastante comum em renda variável, porém, na visão da casa tirava o foco do seu principal produto, o long only Selection FIA.

Com a taxa de juros em níveis estruturalmente mais baixos, os investidores deverão buscar ativos de mais risco afim de obter retornos mais expressivos, além de mudar o jeito de investir. Será necessário que o horizonte de investimento seja orientado para o longo prazo ao contrário do que é observado hoje (foco demasiado no curto prazo com o monitoramento das cotas diárias e comparação das rentabilidades como percentual do CDI).

O momento é propício para renda variável pelos seguintes motivos: a conjuntura atual demanda o desenvolvimento dos mercados de capitais; os múltiplos estão relativamente baixos e deve haver um “rerating”; os dados de crédito mostram espaço para crescimento (inadimplência mais baixa e baixo nível de endividamento).

A Equitas utiliza a análise fundamentalista para avaliar os ativos, que são baseadas em dados públicos e pesquisas proprietárias. As pesquisas buscam aprofundar o conhecimento dos mercados e negócios das empresas analisadas. O modelo de construção do portfólio é bottom up.

As posições são dividas em posições core e não core. Os ativos “core” são maiores e ficam dentro do intervalo de 8%-12%, enquanto que o agregado dos ativos não core não deve passar de 30%.

O processo de investimentos e as analises das ações tem mostrado resultado. Um aspecto que é importante ressaltar é que o fundo não busca ter a melhor performance todos os anos, mas sim a consistência, de forma que o fundo se posicione no primeiro quartil, e consequentemente apresentando uma rentabilidade bastante atrativa.

POSICIONAMENTO DA CARTEIRA

Avaliando os principais contribuintes para os resultados desde o início e dos últimos 24 meses (referência: fechamento de agosto de 2019), observa-se que o portfólio é diversificado.

Os 5 ativos que mais contribuíram para a rentabilidade (desde o início):

- EzTec (EZTC3) do setor imobiliário

- CVC (CVCB3) do setor de consumo (turismo) – não está mais na carteira

- Estácio (YDUQ3) do setor de educação – não está mais na carteira

- Panvel (PNVL3) do setor de consumo (farmácias)

- B3 (B3SA3) do setor financeiro.

Algumas posições “core” são:

- Iguatemi (IGTA3) - Vídeo sobre IGTA3

- EzTec (EZTC3) - Vídeo sobre EZTC3

- Localiza (RENT3) - Vídeo sobre RENT3

Time de Análise - MZR

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