Reunião realizada por videoconferência no dia 28/03
INTRODUÇÃO (ADRIANO LEITE, HEAD COMERCIAL)
A Moat Capital é uma gestora de recursos totalmente focada em renda variável fundada em 2015.
Em termos de estrutura, a casa tem hoje 2 gestores, 5 analistas e outras 9 pessoas em áreas de controle, comercial e back office, totalizando uma equipe de 16 pessoas. Hoje, cada um dos analistas cobre por volta de 20 empresas, divididos setorialmente, o que resulta em um universo de cobertura da gestora na casa de 100 empresas.
A asset tem atualmente aproximadamente R$ 1,8 Bi sob gestão divididos em 3 estratégias diferentes: Long Only, Equity Hedge e Long Biased.
A estratégia Long Only, do fundo Moat Capital FIC FIA, tem hoje R$ 1,6 Bi alocados e uma rentabilidade histórica de aproximadamente Ibovespa + 16% aa. Já a estratégia Equity Hedge, do fundo Moat Capital Equity Hedge FIC FIM, tem aproximadamente R$ 200 MM sob gestão e uma rentabilidade histórica por volta de 145% CDI. A Moat lançou a estratégia Long Biased em fevereiro, tendo entrado apenas recentemente em algumas plataformas de investimentos, como a da XP Investimentos.
COMENTÁRIOS DO GESTOR (CÁSSIO BRUNO, GESTOR E CO-FUNDADOR)
Um dos gestores da Moat, Cássio Bruno, começou detalhando o cenário que a casa vê para o país nos próximos meses.
A casa acredita que a reforma da Previdência será aprovada ainda esse ano, pois a sua não aprovação não seria boa para ninguém (nem para população, para o mercado ou para o governo, o que inclui a oposição). Dito isso, o gestor nota que a bolsa ainda tem muito potencial para crescer, visto que o índice não andou sequer o que os juros caíram no Brasil nos últimos 24 meses.
Ainda, há uma demanda represada por ativos brasileiros, segundo Cássio, que deve se concentrar em ativos de maior risco-retorno nos próximos anos devido à queda na taxa Selic, desviando recursos da renda fixa para a renda variável e pressionando o preço dos ativos para cima, o chamado efeito crowding-in.
Dentre as maiores oportunidades vistas hoje pelo gestor na bolsa, Sabesp e Cemig são as que se destacam. Cássio explicou que, se ambas forem privatizadas, seja parcial ou totalmente, e começarem a negociar perto dos múltiplos dos seus pares privados, as duas têm potencial de alta de mais de 50% tranquilamente. O gestor destacou também que vê os papeis de Banco do Brasil e Petrobras ainda descontados frente a um cenário de simples privatização de subsidiárias, que não só é muito provável como já se iniciou.
Setorialmente, a casa hoje está comprada em empresas do setor de Consumo/Varejo e vendida (no caso dos fundos Equity Hedge e Long Biased) em ações dolarizadas, como Suzano. A maior exposição da casa atualmente é nos papeis de Lojas Americanas.
POSICIONAMENTO ATUAL DA CARTEIRA (MOAT CAPITAL FIC FIA)
Por Setor
1. Consumo (39,3%)
2. Materiais Básicos (13,5%)
3. Financeiro (12,8%)
4. Utilities (10,7%)
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