Reunião - Constellation Asset Management

Gestoras

Evento realizado no escritório da gestora no dia 07/02/2019

INTRODUÇÃO

A Constellation Asset Management, fundada em 2002, nasceu a partir da gestora criada pelos ex-sócios do Banco Garantia, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, para cuidar dos seus investimentos em ações (a Utor Asset Management).

Em quase 20 anos de história, a casa, que é fruto da parceria entre Lemann e Florian Bartunek, que havia sido chamado para tocar a Utor em 1998, saiu dos R$ 64 milhões sob gestão em 2002 para R$ 5,4 bilhões em janeiro de 2019, sendo hoje uma das maiores gestoras de renda variável do país.

A estratégia Long Only da gestora, que teve seu início em maio de 2007, acumula um retorno histórico de 378,03%, ou 307,45% acima do Ibovespa e 195,81% CDI no período (até dezembro de 2018). No ano passado, o fundo entregou 18,35%, enquanto o Ibovespa subiu 12,17%.

 

COMENTÁRIOS DO GESTOR (FLORIAN BARTUNEK)

 

Perfil da casa e Estratégia

O gestor-chefe da Constellation, Florian Bartunek, começou a sua exposição pontuando o perfil do passivo da casa: hoje, 87% do passivo da casa é de clientes estrangeiros, enquanto apenas 13% é de clientes locais. Também destacou que aproximadamente 70% do passivo é de clientes institucionais e apenas 30% é do varejo, um perfil de clientes pouco usual dentro do mercado de fundos no país.

Comentando sobre o processo de escolha e gestão do fundo, o gestor ressaltou que o produto, além de bater o Ibovespa, conseguiu se manter acima do custo de oportunidade (o CDI) ao longo do tempo, algo não muito comum nos fundos de renda variável no Brasil. Segundo ele, essa consistência é resultado direto da filosofia de investimentos da casa, em que o fundo investe em ações de empresas com fortes fundamentos e vantagem competitiva perene, independentemente do cenário econômico. Assim, mantêm-se entre 15 e 20 ações em carteira, a maioria das quais por um período médio de 3 anos (apesar de haver casos de ações que estão há mais de 10 anos na carteira, como Itaú), dado que as ações são trocadas apenas por fatores operacionais ou fundamentalistas das empresas.

 

Cenário Brasil

Florian destacou o otimismo do mercado com o novo governo e o bom momento conjuntural do país para investimentos em renda variável. Segundo ele, ainda há muito espaço para a bolsa brasileira subir daqui para frente no atual cenário econômico.

Hoje, a Constellation está muito otimista com a recuperação da economia brasileira e vê muito espaço para que as empresas absorvam a demanda interna reprimida, beneficiando o setor de consumo, aumentando a carteira de crédito dos bancos como consequência (beneficiando financials, incluindo B3 com giro maior de trading na bolsa).

Além  disso, o gestor destacou a alavancagem operacional das empresas brasileiras, que já têm os seus custos fixos equacionados e qualquer aumento de demanda/receita significa margem (e lucro) “na veia”. Para Florian, esse é um upside que as empresas já estão aproveitando e que já tem refletido na performance da bolsa nos últimos meses.

 

POSICIONAMENTO ATUAL DA CARTEIRA

Divisão Geográfica

  • Brasil – 95%
  • Exterior – 5%* **

* Sem hedge cambial

** Empresas com capital aberto no exterior, mas forte exposição ao mercado local (Principalmente Mercado Livre)

 

Divisão Setorial (Principais)

  • Consumo – 40%
  • Financials – 30%

Principais posições (em ordem de grandeza)

  1. Itaú (ITUB4 e ITSA4) - 12%
  2. B3 (B3SA3) - 11%
  3. CVC (CVCB3) - 7%
  4. Rumo (RAIL3) - 6%
  5. Renner (LREN3) - 6%

Time de Análise - MZR

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