Galpões Logísticos
A pandemia afetou drasticamente a economia do país, um choque de oferta e demanda jamais visto na nossa geração. O impedimento da população em acessar shoppings, lojas, restaurantes e forçar o fechamento dos mesmos gerou uma mudança cultural no modo em que consumimos, o que acelerou as vendas digitais beneficiando as empresas que investiram em e-commerce. Esse movimento beneficiou os fundos imobiliários de galpões logísticos, que viram tanto as cotas quanto os rendimentos por dividendos se recuperarem mais rápido do que os fundos que investem em outros segmentos. Fundos que destacaram no setor foram o XP Log (XPLG11), Vinci Log (VILG11) e o fundo de galpões da gestora VBI (LVBI11), pagando rendimentos de R$0,58, R$0,50 e R$0,66 por cota no mês de setembro, respectivamente. Os fundos se beneficiaram por terem inquilinos relevantes, e cujas vendas digitais tiveram participação expressiva em suas receitas devido a crise do COVID-19. Locatários relevantes nos fundos previamente citados são Via Varejo (16% do portfólio do XPLG11) e Grupo Magazine Luiza (11% do portfólio do VILG11).
Fatos relevantes para os fundos do setor foi a captação de R$500 milhões por parte do LVBI, que concluiu a terceira emissão de cotas e a aquisição de 100% do Caxias Park por parte do VILG, galpão logístico localizado no Estado do Rio de Janeiro. A vacância física do fundo administrado pela XP ficou em 10%, do VBI em 7% e destaque para o fundo da Vinci, que teve 100% de ocupação em setembro. Devido ao fato do segmento ter se tornado atraente meio a pandemia e as empresas necessitarem de galpões logísticos para manterem suas operações, vimos as cotas dos fundos se recuperarem bastante, superando o seu valor patrimonial. Hoje o Valor de Mercado/Valor Patrimonial dos fundos são 1,24 (XPLG11), 1,16 (VILG) e 1,12 (LVBI).
Time de análise - MZR