Fundo de Fundos Imobiliários
O setor de fundos imobiliários mostrou-se resiliente mais uma vez em setembro, onde o IFIX apresentou alta de 0,46% contra o IBOVESPA, que teve queda de 4,80%. O destaque do mês para esse setor foi o recorde de número de investidores nesse veículo, que bateu a marca de 1 milhão pela primeira vez, 51% acima do fechamento de 2019. Esse destaque demonstra que essa classe de ativos se mostra muito atrativa em um cenário de juros baixos, que, apesar da curva de juros projetar um aumento na parte longa, um dividend yield de cerca de 6% ao ano (média histórica de retorno em Fundos Imobiliários) é muito competitivo. Outro destaque demonstrando a popularidade desse segmento é no volume de captações em 2020. Até setembro foram captados R$22,1 bilhões, valor relevante quando comparado com o recorde de 2019 (R$35,5 bilhões), considerando todos os efeitos adversos da pandemia.
Uma alternativa para se posicionar no segmento é o investimento em Fund of Funds (FOF), ou seja, fundo imobiliários que investem no mínimo 95% do seu Patrimônio Líquido em cotas de outros fundos imobiliários. A vantagem de se investir nessa classe de ativos é o de diversificação com menos capital exigido e a exposição a ofertas conhecidas como 476, que são inacessíveis para investidores de varejo. Alguns destaques do segmento são os fundos das gestoras Hedge (HFOF11), RBR (RBRF11) e da Mogno (MGFF11), que pagaram no mês de setembro dividendos de R$0,50, R$0,65 e R$0,50 por cota, respectivamente.
O HFOF11, no segundo semestre se consolidou como o maior FOF da indústria, com valor de mercado superior a R$2 bilhões e anunciou no início de outubro uma nova oferta primária via subscrição, sua nona captação. Hoje, tanto o fundo da Hedge quanto o da RBR negociam a um Valor de Mercado/Valor Patrimonial de 1,03, enquanto o da Mogno negocia a um valor de 1,00.
Time de Análise - MZR