Um livro com nome intrigante e com autores de peso, são as características iniciais mais marcantes que temos do livro desse mês. Daron Acemoglu, professor do MIT, e James Robinson, professor de Harvard, se unem para dar origem a um estudo que analisa as razões de alguns países serem prósperos e outros fadados a pobreza.
Ao longo do livro, os autores debarem as teorias mais famosas sobre pobreza e riqueza das nações e expõe o seu próprio estudo. O que diferencia a prosperidade em países tão próximos geograficamente como Estados Unidos e México, e as duas Coréias? Os autores mostram também que um país ter como atividade principal a exportação/produção/extração de commodities não é também um fator determinante para essa definição de desenvolvimento.
Acemoglu e Robinson demonstram em “Por que as nações fracassam” que o êxito ou fracasso econômico é determinado pelo tipo de instituição que um país possui, podendo ser inclusiva ou extrativista. Entenda instituições como conjunto de regras e organizações responsáveis pelo cumprimento dessas regras, podendo ser desde a família até o próprio Estado; elas podem ser inclusivas caso defendam a propriedade privada (ou seja: os benefícios do seu trabalho são seus e protegem para que ninguém tome isso de você), e criam um ambiente para inovações; por outro lado, nas extrativistas, temos instituições que são lideradas por uma elite que explora o resto todo da pirâmide.
A leitura não simples, tem muitos detalhes, mas é uma experiência riquíssima em conteúdo e principalmente em reflexões sobre o país que vivemos. Ao final do livro os autores expõem casos de sucesso, incluindo o Brasil, porém, 3 anos depois, Acemoglu (detentor da medalha Clark, a mais prestigiosa distinção entre os economistas) revisa o exemplo brasileiro em uma entrevista para a revista Exame.