Fechamento de mercado (31/07/2019)

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Juros

Após dias sem muito movimento, o mercado de renda fixa passou por novos ajustes nesta quarta-feira (31) diante das declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Jerome Powell, depois da decisão da autoridade monetária de cortar os juros nos Estados Unidos.

 O Fed decidiu cortar a taxa de juros de referência para o curto prazo em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 2% e 2,25%, citando “pressões inflacionárias neutras” e as “implicações dos desdobramentos globais”. A decisão foi tomada por 8 votos a 2, com duas dissidências, do presidente do Fed de Boston, Eric Rosegren, e da presidente do Fed de Kansas City, Esther George,dois integrantes considerados mais favoráveis ao aperto monetário e que votaram pela manutenção dos juros. Enquanto a decisão de cortar a taxa de juros dos Estados Unidos e o comunicado do Fed vieram dentro do esperado, as declarações de Powell chamaram atenção do mercado.

DI1F20: 5,59% (+3 bps)

DI1F21: 5,48% (+5 bps)

DI1F23: 6,35%

DI1F25: 6,88% (+5 bps)

DI1F27: 7,19%

Câmbio

Os comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta tarde, após o corte no juro básico dos Estados Unidos, trouxe grande volatilidade ao pregão doméstico do dólar. Após operar em queda moderada durante toda a primeira metade do dia, tocando mínima de R$ 3,7487, a moeda americana rapidamente mudou o sinal e chegou a tocar R$ 3,8223 na máxima.

 No fim, o dólar terminou em alta de 0,73%, aos R$ 3,8184.Esta é a maior cotação de fechamento desde 3 de julho e a primeira vez que o câmbio encerra o dia acima da marca de R$ 3,80 desde 8 de julho. Em linha com a expectativa da maior parte do mercado, o Fed promoveu um corte de 0,25 pontos na taxa básica. O que surpreendeu foi a entrevista coletiva, onde o presidente do Fed disse que a ação desta quarta-feira não é o começo de um longo ciclo de cortes de juros, mas um "ajuste de meio de ciclo". A perspectiva para a economia dos Estados Unidos permanece favorável e o corte de juros tem caráter preventivo, disse Powell, que não descartou, por outro lado, a possibilidade de um novo corte de juros em setembro.

Bolsa

As indicações divergentes do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a continuidade no corte de juros nos Estados Unidos atingiram de tal forma os mercados globais que o Ibovespa devolveu, hoje, boa parte dos ganhos do mês. Assim, se no começo de julho o índice havia renovado recordes acima dos 105 mil pontos, agora ele chega ao fim do mês cerca de 4 mil pontos abaixo do patamar.

O Ibovespa encerrou em queda de 1,09%, aos 101.812 pontos, depois de tocara mínima em 100.950 pontos, menores níveis desde o começo de julho e 3,8%abaixo da máxima histórica atingida no dia 10, de 105.817 pontos.

Fontes: Valor e Reuters

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